sexta-feira, 18 de setembro de 2020

A Globalização, Problema Social contemporâneo

A Globalização, Problema Social contemporâneo

A Globalização, Problema Social contemporâneo
sexta-feira, 18 de setembro de 2020

 


Atento a Giddens que afirma “A globalização não é apenas, mais uma coisa que ‘anda por aí’, remota e afastada do individuo. É também um fenómeno ‘interior’, que influencia aspetos íntimos e pessoais das nossas vidas”.

É portanto sob desígnio que afirmo "Não sou apenas cidadão Português, sou também cidadão Europeu, mas morrerei cidadão do Mundo!".                                        

O ensaio incidirá sobre a internet associado ao fenómeno da globalização e consequente agravamento dos problemas sociais contemporâneos, fazendo uma breve abordagem de conceitos de autores, designadamente, Rubington, Weinberg; entre outros…Será feita ainda alusão breve do papel do estado no âmbito interventivo de alguns problemas, nomeadamente, problemas ambientais.                                                                     

Na minha perspetiva, Globalização é um processo de integração, mas é simultaneamente evolução, porquanto, os problemas sociais que agrava obriga necessariamente a soluções, tornando o desenvolvimento inevitável, criando assim um triângulo evolutivo mundial; Desenvolvimento, Problemas, Soluções.

A globalização é a aproximação das pessoas e suas culturas a nível global. O processo de globalização abarca a dimensão económica, politica, social, jurídica, social, demográfica, cultural e religiosa, ou seja, um fenómeno amplamente abrangente com impacto em todas as áreas da interacção humana.                                  

  A internet está associado a este fenómeno que tem vindo a aumentar substancialmente ao longo dos anos, pois é fruto, e acompanhou o desenvolvimento dos transportes, revolução do TIC, liberalização dos mercados, movimentos de integração económica e criação de organizações económicas intergovernamentais. O grande problema é os impactos sociais que este fenómeno provoca, nomeadamente, o agravamento das desigualdades sociais, deterioração meio ambiente, transculturação, entre outros... Segundo Rubington e Weinberg (1995), um problema social é "uma alegada situação incompatível com os valores de um significado número de pessoas, que concordam ser necessário agir para alterar"; assim o problema social tem de estar dotado de regularidade, uniformidade, impessoalidade e repetição, a fim de ser considerado como problema sociológico. 

    Cientificamente, os problemas sociais são abordados pela sociologia de intervenção, através de uma visão sociológica positivista ou relativista. Nos problemas sociológicos, temos a patologia social, desorganização social, conflito de valores, comportamentos desviantes, referentes a abordagens sociológicas positivistas; e o construtivismo social e a perspetiva crítica da abordagem sociologia relativista.                                             

    Nesta matéria o plano político doutrinário do estado assume especial importância, evoluindo de um estado protetor para um estado providência, onde a natureza económica e política permitiram uma visão liberalista, aceitando-se que o estado não deve intervir demasiado no mercado, deixando-o autorregular-se. Após limites e críticas à atuação do estado, na tentativa de união das doutrinas liberais e marxistas nasce as perspectivas conciliatórias, cujos fundamentos da intervenção do estado, vem no seguimento da teoria das externalidades, ajuizado nos pilares doutrinários de Bismark, Keynes e Beveridge, assentes no princípio da universalidade, unicidade, uniformidade e centralização.            

    A consciência politica atual quer garantir o pleno emprego e manter determinadas condições de vida. Dessa forma, para a resolução dos grandes problemas ambientais; nomeadamente, alterações climáticas, rarefação da camada do ozono, Biodiversidade, desflorestação, foram assumidos determinados compromissos para um desenvolvimento sustentável, nomeadamente, Protocolo de Quioto, IV conferência de Buenos Aires.             

      Caminhamos para um mundo cada vez mais de todos, onde é sobretudo importante saber manter o equilíbrio sustentável entre a evolução e preservação da nossa espécie.

    Segundo Giddens, globalização é a intensificação de relações sociais mundiais que unem localidades distantes de tal modo que os acontecimentos locais são condicionados por eventos que acontecem a muitas milhas de distância e vice-versa.

    Provocando assim agravamentos, designadamente, no meio ambiente. Proliferação em larga escala de novos meios de comunicação, ex. internet, permitindo o encurtamento de distancias, juntando o local ao global. Acentuação das desigualdades sociais, ricos mais ricos pobres mais pobres, ou seja, a distribuição desigual de riqueza. Fator impulsionado pela Globalização. Consumo dos recursos pelos países mais desenvolvidos, prejudicando os menos desenvolvidos, exige adoção de políticas sustentáveis.

    A globalização digital é uma realidade, a expansão da internet é confirmada, em 15 anos o armazenamento de dados cresceu exponencialmente, cujo teve um impacto brutal no PIB dos países com um aumento de valores na ordem dos 7 trilhoes de dólares, sendo 2 trilhoes só referente a dados.




Bibliografia:

- CARMO, Hermano (2001), “Problemas Sociais Contemporâneos”, Lisboa: Universidade Aberta;

- GIDDENS, Anthony (2000), “O Mundo na Era da Globalização”, Lisboa: Editorial Presença.


João Carriço

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