E-Business

O site www.Amazon.com é o modelo mais conhecido no mercado, corresponde ao E-Commerce tradicional, é do tipo de comércio eletrónico Business-to-Consumer (B2C), que se distingue pelas relações comerciais eletrónicas entre as empresas e os consumidores finais. Corresponde à secção de retalho do comércio eletrónico, onde operam normalmente os retalhistas no comércio tradicional. Este tipo de comércio tem-se desenvolvido bastante devido ao advento da web, existindo várias lojas virtuais e centros comerciais na Internet que comercializam todo o tipo de bens de consumo, por exemplo, livros, automóveis, produtos alimentares, produtos financeiros, entre outros...
O
site www.autopecasonline24.pt é
do tipo Business-to-Business (B2B), é
utilizado, nomeadamente, pelo mercado industrial e de importação. Neste tipo de
comércio eletrónico atuam normalmente fabricantes que vendem para
distribuidores. A grande diferença entre um (B2C) e um (B2B) é que, enquanto o
primeiro diz respeito ao comércio entre uma empresa e um consumidor, o (B2B)
trata da comercialização entre duas empresas, contudo o produto pode também ser
vendido a particulares. Nesse sentido, abre-se um mundo de oportunidades às
empresas nas transações que acontecem através de um portal de vendas online, visando a melhoria dos processos
de encomendas, que antigamente eram solicitadas, por exemplo, por telefones.
O tipo Business to Administration
(B2A), ou (B2G) é aquele modelo de negócio que se refere a transações entre as
empresas e o governo, ou seja, empresas que prestam serviços ou fornecem
material para organismos do estado. Por
norma os negócios (B2A) envolvem um processo de contratos especiais, nomeadamente,
na área fiscal, da segurança social, notariado, entre outros... Nos últimos
anos este tipo de serviços tem vindo a aumentar significativamente, devido ao aumento
do investimento feito pelos governos nas TI, um exemplo deste tipo de modelo é
o portal das finanças https://www.portaldasfinancas.gov.pt.
Todavia este é também, simultaneamente, um tipo de Consumer-to-Administration (C2A), pois não à só transações das
empresas com a administração pública, como também, transações de cidadãos com a
administração pública, (ex. compra bens penhorados). Estes sistemas têm
vantagens do ponto de vista da gestão, designadamente, facilitam a constituição
de históricos de informações úteis em termos, de controlo de cumprimento de
obrigações legais e de redução de custos em termos logísticos, quando comparado
com as formas tradicionais.
O tipo Consumer to Consumer (C2C) é o tipo de
modelo de negócio online que através
de plataformas os consumidores vendem produtos diretamente a outros
consumidores, sem existir intermediações de empresas, é o modelo mais procurado
por consumidores que procuram ofertas mais acessíveis de bens usados ou mesmo novos.
O desenvolvimento e progresso da internet e a popularização das mídias sociais,
tornou este tipo de negócio muito comum, um bom exemplo deste tipo de negocio é
o https://www.olx.pt/.
Para terminar, não posso deixar de referir a importância do M-Commerce; o comércio
eletrônico baseado nos telemóveis, uma vez que, o consumo de produtos através
de smartphones e tablets tem vindo a aumentar significativamente, ganhando cada vez
mais cota de mercado.
(2)- Em bom rigor só esta temática dos 6Cs, daria um trabalho académico, de forma que, procurarei ser o mais claro curto e conciso, referindo pelo menos, um exemplo para cada fator dos 6Cs. Objetivamente, o conceito dos 6CS nasce da questão da entrega de valor, neste caso obtido no E-Commerce. Nesse sentido, é importante esclarecer o conceito de valor, para Kotler, valor não é o quanto custa para o consumidor ou quanto custa para a empresa produzir, valor é a composição da razão entre os custos e benefícios, trabalhando um ponto intangível na perceção do valor pelo consumidor. Partindo da capacidade de adaptação às TI, tanto do consumidor como do vendedor, apresenta-se um 7Cs; o chamado Computing, pois é a partir deste que os 6Cs são alcançados. O site da empresa AMAZON de modelo (B2C), encerra na sua génese elementos 6Cs que são também aceites e partilhados na génese da empresa OLX, apesar do modelo de negócio ser diferente (C2C). Neste sentido, os 6Cs em português são, Comunicação; Conetividade, Pensamento Critico; Confiança; Inovação; Colaboração; que do meu ponto de vista, são inseparáveis, pois quando um é aplicado os restantes surgem naturalmente. Desse modo ambas as empresas possuem, a componente Criativa e de Inovação, pois as duas englobam num modelo de negócio próprio e diferente, vantagens de valor para o consumidor, nomeadamente, no OLX, (C2C), o consumidor consegue rapidamente negociar com outro consumidor em minutos, que quando comparado com o método tradicional demoraria semanas, caso estivessem geograficamente distantes, ou seja, a inovação a encurtar distancias. A Comunicação também é está presente em ambas as empresas, não só, através do chat de apoio ao cliente da AMAZON, como também, no suporte de contacto via mail da OLX e troca de ideias entre os consumidores. Em termos de Colaboração, ambas as empresas têm especialistas a trabalhar em conjunto, assumindo responsabilidades comuns, de melhoria do serviço prestado, designadamente, na melhoria da plataforma online. Por sua vez, conduz-nos ao Pensamento Crítico, ambas as empresas têm trabalhadores constantemente a pensar em novas formas de melhorar, designadamente a estrutura do próprio negócio. Consequentemente, estes especialistas têm de ter a coragem necessária para implementar novas medidas e a devida Confiança, de que as mesmas levam ao sucesso da empresa. Por ultimo, o fator Conetividade é também partilhado por ambas as empresas, pois é aqui, na ligação dos usuários com o site, que reside o acesso que permite todo o negócio.
Do meu ponto de vista, os 6Cs podem ser aplicados em todos os
modelos de negócio com as devidas adaptações. Resumidamente, o Comercio trata
de aspetos comerciais, como o perfil de clientes e produtos a ser vendidos; a Comunicação
trata do planeamento de comunicação da empresa; a Comunidade refere-se à
comunicação dos usuários, consumidores e clientes com a marca; a Conetividade trata
da ligação dos usuários com o site; o
Conteúdo é no fundo a informação a ser apresentada no site; a Informática diz respeito às plataformas e sistemas de
informação integrados.
(3)-
A
sigla F.O.F.A é a derivação da análise SWOT, que significa em português: Força,
Oportunidades, Fraquezas, Ameaças. É uma matriz de plano de negócios objetiva, que
possibilita conhecer internamente e externamente a empresa. A sua utilidade é
de aperfeiçoamento da empresa, conhecendo concretamente as suas Forças e
Fraquezas. As Forças e Fraquezas são fatores internos, como por exemplo, a força
do diferencial que a empresa tem em relação à concorrência e a fraqueza no que
pode ser feito para se igualar à concorrência. Oportunidades e Ameaças mostram
os fatores externos, como exemplo de Oportunidade, podemos citar o crescimento
da economia e como Ameaça a diminuição do ritmo da economia. Observe-se como exemplo
de análise SWOT, a análise da empresa
www.Amazon.com,
com diferentes ramos de atuação em todo o mundo. Possui sede em Seattle, nos EUA, em 2017 teve uma
receita de 177,9 bilhões USD, e tem mais
de 306,800 mil trabalhadores pelo mundo, concorre com gigantes como o Facebook, Google, entre outros. Assim como fator de Força temos estruturas de
baixo custo; devido em grande parte às vendas serem feitas online, à variedade de produtos presentes na loja online, que atrai consumidores de vários
gostos. Positivamente a estrutura de venda engloba ainda venda de terceiros,
geralmente produtos em falta no inventário da loja. Como Oportunidades temos a
grandeza da empresa, que possibilita a Aquisição de novas empresas e marcas, limitando
a concorrência, garantindo uma abrangência de mercado a nível global. A
possibilidade de abertura de lojas físicas mundialmente, permite a expansão e alcançar
outro público-alvo para além do online.
Apesar da variedade de produtos, existe ainda a possibilidade de criação de novos
segmentos de produtos, respondendo assim à procura de novos nichos de mercado. Como
Fraquezas, temos alguns problemas de Evasão fiscal nos EUA e no UK, que trouxe
alguma publicidade negativa, dado que, maior parte da receita é originária desses
mercados. A divida elevada também é uma fraqueza, devido essencialmente à
entrada em novos mercados, de países com economias em desenvolvimento,
tornando-se dispendioso montar os recursos para rentabilizar o negócio. Como Ameaças
temos a grande diversidade de leis e regulamentações que ameaçam a expansão da
empresa, nomeadamente, leis de tributos sobre produtos eletrônicos. Apesar da
dimensão da empresa a concorrência online,
pode oferecer mais e melhores serviços. A Segurança é também uma preocupação,
devido ao aumento de ataques dos Hackers
e roubos de cartões de crédito, que leva à diminuição da confiança dos
clientes, sendo que, também manter um sistema seguro de compras é caro. As
compras feitas com cartões roubados pode atingir de forma negativa a economia da
empresa, devido à devolução dos valores e tentativa de obter o produto vendido.
Em suma, conclui-se que a AMAZON por
ser uma empresa multinacional de sucesso, com uma marca conhecida mundialmente,
obtém avanços e recuos no caminho de manutenção do sucesso, trazendo elevados
dividendos, mas simultaneamente, elevados dispêndios, possuindo áreas que
carecem de constante aperfeiçoamento para evitar grandes prejuízos.
(4)-
Do
ponto de vista conceptual, o autor Timmers
(1998, p.4) entende o E-Business como
“Uma arquitetura para produtos, serviços e fluxo de informação, inclui a descrição
de vários atores de negócios e seus papéis; uma descrição de potenciais benefícios
para os diversos atores de negócios e fontes de receitas”. Timmers (1999) identificou numa análise baseada na adição de
funcionalidades, inovação, integração e valor, dez tipos de modelos de negócio
facilitados pela Internet. No sentido de compreender melhor cada modelo é
preciso a sua descrição individualmente. Grosso
modo, o E-Shop abrange as lojas online, onde se estabelecem as suas transações
totais ou parciais; o E-Procurement é
o modelo oposto do anterior, porque a E-Shop
visa vender, este visa achar compradores. O E-Mall,
é uma variável online dos centros
comerciais tradicionais, no E-Mall estão
presentes várias E-Shops. Os E-Auctions
são leilões virtuais, podendo ser aplicados em modelos tipo (B2C), ou (B2B). O marketplace é um local de encontro
virtual entre vendedores e compradores, (ex. Clickbank.com). The Virtual Community são comunidades
virtuais de grupos de pessoas unidas por interesses comuns, que partilham
informação, cuja ganha especial importância para a área do marketing. É
importante ter presente que as organizações, não só utilizam vários dos modelos
apresentados, como também, utilizam modelos mistos. A Collaboration platform é uma plataforma de colaboração entre
empresas e ou indivíduos; Value-chain
integrator é a integração dos vários passos da cadeia de valor. The Value-chain service provider são
prestadores de serviços que se especializam numa única área de serviços
presente na cadeia de valor, por exemplo, no pagamento eletrónico. The information brokerage é no fundo um corretor
de informação que fornece serviços, de informações para os consumidores e
empresas.
Os modelos apresentados
permitem uma boa compreensão do que se pode fazer em mercados eletrónicos.
LISTA
DE ACRÔNICOS E ABREVIATURAS
TI - Tecnologias de Informação
B2A - Business to Administration =
B2G - Business to Government
C2A - Consumer-to-Administration
B2B - Business-to-Business
B2C - Business-to-Consumer
C2C – Consumer-to-Consumer
Bibliografia:
Isaías, P., Sousa, I., Carvalho, L., &
Alturas, B. (2017). E-Business e Economia Digital: Desafios e Oportunidades num
Contexto Global; Lisboa: Edições Sílabo.
José Moleiro Martins (2011)
Internacionalização e Globalização de Empresas, Lisboa: Edições Silabo.
Chaffey, Dave
(2009) E-Business and E-Commerce Management: Strategy, Implementation and Practice,
Harlow, Pearson Education Limited.
Osterwalder,
Alexander; Pigneur, Yves (2002) An e-Business Model Ontology for Modelling
e-Business, Bled, 15th Bled Electronic Commerce Conference.
Timmers, P.
(1998), Business Models for Electronic Markets, Focus Theme, 8-2, 3-8.
Timmers, P. (1999),
Electronic Commerce: Strategies and models for business to business trading,
John Wiley & Sons, New York.
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