quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O poder da era da Informação

O poder da era da Informação

O poder da era da Informação
quinta-feira, 15 de outubro de 2020

 


    A era da informação. O presente artigo visa refletir sobre o poder da internet enquanto meio de comunicação e interação social, e a forma como tem vindo a transformar as sociedades. Atento à notícia recente, (12-05-2017), de ataques informáticos contra empresas, verificamos a atualidade e importância desta temática, que pode afetar as sociedades. O impacto dos novos meios de comunicação é total, abrange todas as áreas da sociedade, transformando a nossa identidade cultural numa forma de identidade coletiva. Veja-se as contribuições de Julian Assange, através das publicações no Wikileaks, ou as divulgações de Edward Snowden, que têm vindo a influenciar comportamentos. Devido a penetrabilidade da internet em todas as áreas da atividade humana, importa conhecer como tirar o máximo partido social e cultural de toda a informação disponível na rede, na medida em que, as sociedades estão ligadas à escala mundial e a informação difunde-se pelas culturas modelo dos seus grupos sociais, onde o global se funde com o local, e o fenómeno da globalização se materializa. Neste contexto, o homem é obrigado a renunciar a inflexibilidade das suas atitudes, pensamentos e comportamentos baseados em valores tradicionais, sendo que, estas mudanças acontecem sem que haja consciência real disso, ou seja, a realidade do nosso quotidiano, altera-se tão velozmente que não é percetível. O Estado interfere neste processo de mudança, que mostra graus de complexidade organizacional que ultrapassa a lógica das redes, mesmo sendo influenciado por esse novo modelo da estrutura social. Desse modo desfazem-se fronteiras, desenraízam-se as ideias e as gentes, conduzindo a diferentes implicações sociais, onde surgem novas formas de participação cívica, por exemplo, movimentos mobilizadores no Facebook. Desse modo é importante sensibilizar as pessoas para uma maior participação e questionamento das novas formas de comunicação, exigindo, por exemplo, mais informação da mass média para maior adaptação às novas ferramentas tecnológicas. Importa ter presente que apesar da influência dos novos meios de comunicação nas sociedades, existe uma flexibilidade latente, que permite reverter os processos, e modificar as instituições, ou seja, é possível inverter as mudanças, nomeadamente, através da criação de legislação, sobre as novas ferramentas tecnológicas. Nesse sentido, entidades nacionais como a Autoridade Nacional de Comunicações, Entidade Reguladora para a Comunicação Social, assumem a responsabilidade de supervisão nacional da comunicação social. No plano da vertente acadêmica, os pensadores das novas tecnologias de comunicação, Manuel Castells e Pierre Lévy, entendem a Internet como a base estruturante de todos os conceitos e das novas relações que compõem a sociedade em rede ou a cibercultura. Procuram identificar como a cibercultura interfere no pensamento humano e na sociedade. Assim a internet assume um paradigma relevante, não só é fator de inibição de sociabilização física entre os povos, como também encurta as suas distâncias. Nesse sentido um sistema tecnocultural é resultado da interação de múltiplas dimensões, nomeadamente, económica, cultural, cientifica, politica e ética. Da análise dessas dimensões é possível identificar, possíveis oportunidades e constrangimentos, onde o mais importante é saber, se o retrocesso é o mais benéfico para a civilização. A realidade diversificada de padrões e problemas culturais tornam muito mais complexas as conceções que até então possuíamos da homogeneidade dos processos de vida e de aprendizagem. A internet com as suas certezas e redundâncias pode ser utilizada de forma positiva ou negativa, que é determinada pelos seus agentes utilizadores. Conclusão, a utilização da internet não é boa nem é má, tem vantagens e desvantagens, onde apenas se afere, que indiscutivelmente não é neutra, assume um papel presente e de destaque nas sociedades, estando enraizada na vida e mente das pessoas.

 

Informação complementares: A (ERC), Entidade Reguladora para a Comunicação Social é o organismo responsável pela regulação da média em Portugal desde 2005, ano em que substituiu a, (AACS), Alta Autoridade para a Comunicação Social. Iniciou a sua atividade em Fevereiro de 2006, goza de proteção constitucional, e é uma pessoa colectiva de direito público com independência administrativa e financeira. A E.R.C. não é um organismo regulador convergente, estando o sector das telecomunicações em Portugal sob alçada da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).


Bibliografia:


Monografias:
Castells, Manuel, A sociedade em Rede, Paz e Terra, 1999, 2º Edição, (Pp.21 a 47);
Cardoso, Gustavo; Os Media na Sociedade em Rede (Pp 177 a 196);
Eduardo J. M. Camilo, Teorias da Comunicação, A monstruosidade das marcas: da
massificação à absoluta singularidade, (Pp181- 200).


Webgrafia:
- Ultima consulta efetuada em 13-05-2017 às 20h00
http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/12-05-2017/pt-foi-alvo-de-ataque-informatico
https://www.publico.pt/2017/05/12/tecnologia/noticia/ataque-informatico-internacional-afectaempresas-e-hospitais-1771939
https://nacoesunidas.org/em-doha-conferencia-estimula-parceria-publico-privada-paracombater-cibercrime-e-criar-mundo-digital-mais-seguro/
http://www.erc.pt/pt/

O poder da era da Informação
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Oleh