O poder da era da Informação

A
era da informação. O presente artigo visa
refletir sobre o poder da internet enquanto meio de comunicação e interação
social, e a forma como tem vindo a transformar as sociedades. Atento à notícia
recente, (12-05-2017), de ataques informáticos contra empresas, verificamos a
atualidade e importância desta temática, que pode afetar as sociedades. O
impacto dos novos meios de comunicação é total, abrange todas as áreas da
sociedade, transformando a nossa identidade cultural numa forma de identidade
coletiva. Veja-se as contribuições de Julian Assange, através das
publicações no Wikileaks, ou as divulgações de Edward Snowden,
que têm vindo a influenciar comportamentos. Devido a penetrabilidade da
internet em todas as áreas da atividade humana, importa conhecer como tirar o
máximo partido social e cultural de toda a informação disponível na rede, na
medida em que, as sociedades estão ligadas à escala mundial e a informação
difunde-se pelas culturas modelo dos seus grupos sociais, onde o global se
funde com o local, e o fenómeno da globalização se materializa. Neste contexto,
o homem é obrigado a renunciar a inflexibilidade das suas atitudes, pensamentos
e comportamentos baseados em valores tradicionais, sendo que, estas mudanças
acontecem sem que haja consciência real disso, ou seja, a realidade do nosso
quotidiano, altera-se tão velozmente que não é percetível. O Estado interfere
neste processo de mudança, que mostra graus de complexidade organizacional que
ultrapassa a lógica das redes, mesmo sendo influenciado por esse novo modelo da
estrutura social. Desse modo desfazem-se fronteiras, desenraízam-se as ideias e
as gentes, conduzindo a diferentes implicações sociais, onde surgem novas formas
de participação cívica, por exemplo, movimentos mobilizadores no Facebook. Desse
modo é importante sensibilizar as pessoas para uma maior participação e
questionamento das novas formas de comunicação, exigindo, por exemplo, mais
informação da mass média para maior adaptação às novas ferramentas
tecnológicas. Importa ter presente que apesar da influência dos novos meios de
comunicação nas sociedades, existe uma flexibilidade latente, que permite
reverter os processos, e modificar as instituições, ou seja, é possível
inverter as mudanças, nomeadamente, através da criação de legislação, sobre as
novas ferramentas tecnológicas. Nesse sentido, entidades nacionais como a
Autoridade Nacional de Comunicações, Entidade Reguladora para a Comunicação
Social, assumem a responsabilidade de supervisão nacional da comunicação
social. No plano da vertente acadêmica, os pensadores das novas tecnologias de
comunicação, Manuel Castells e Pierre Lévy, entendem a Internet
como a base estruturante de todos os conceitos e das novas relações que compõem
a sociedade em rede ou a cibercultura. Procuram identificar como a cibercultura
interfere no pensamento humano e na sociedade. Assim a internet assume um
paradigma relevante, não só é fator de inibição de sociabilização física entre
os povos, como também encurta as suas distâncias. Nesse sentido um sistema
tecnocultural é resultado da interação de múltiplas dimensões, nomeadamente,
económica, cultural, cientifica, politica e ética. Da análise dessas dimensões
é possível identificar, possíveis oportunidades e constrangimentos, onde o mais
importante é saber, se o retrocesso é o mais benéfico para a civilização. A
realidade diversificada de padrões e problemas culturais tornam muito mais
complexas as conceções que até então possuíamos da homogeneidade dos processos
de vida e de aprendizagem. A internet com as suas certezas e redundâncias pode
ser utilizada de forma positiva ou negativa, que é determinada pelos seus
agentes utilizadores. Conclusão, a utilização da internet não é boa nem é má,
tem vantagens e desvantagens, onde apenas se afere, que indiscutivelmente não é
neutra, assume um papel presente e de destaque nas sociedades, estando
enraizada na vida e mente das pessoas.
Informação
complementares: A (ERC), Entidade
Reguladora para a Comunicação Social é o organismo responsável pela regulação
da média em Portugal desde 2005, ano em que substituiu a, (AACS), Alta
Autoridade para a Comunicação Social. Iniciou a sua atividade em Fevereiro de
2006, goza de proteção constitucional, e é uma pessoa colectiva de direito
público com independência administrativa e financeira. A E.R.C. não é um
organismo regulador convergente, estando o sector das telecomunicações em
Portugal sob alçada da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).
Bibliografia:
Monografias:
Castells, Manuel, A sociedade em Rede, Paz e Terra, 1999, 2º
Edição, (Pp.21 a 47);
Cardoso, Gustavo; Os Media na Sociedade em Rede (Pp 177 a 196);
Eduardo J. M. Camilo, Teorias da Comunicação, A monstruosidade das
marcas: da
massificação à absoluta singularidade, (Pp181- 200).
Webgrafia:
- Ultima consulta efetuada em 13-05-2017 às 20h00
http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/12-05-2017/pt-foi-alvo-de-ataque-informatico
https://www.publico.pt/2017/05/12/tecnologia/noticia/ataque-informatico-internacional-afectaempresas-e-hospitais-1771939
https://nacoesunidas.org/em-doha-conferencia-estimula-parceria-publico-privada-paracombater-cibercrime-e-criar-mundo-digital-mais-seguro/
http://www.erc.pt/pt/
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